terça-feira, 21 de agosto de 2012

Firma tuas raízes


Uma grande guerra abalará o oriente, trazendo antigas desavenças à tona. Duas potências se farão novamente inimigas.
Longo período de morte e destruição será exibido nas televisões do mundo, o mar trará destruição a inúmeras cidades costeiras, numa onda impiedosa e destruidora.
Uma nova doença surgirá, ainda mais forte que o Câncer e o HIV, donde cura será desconhecida e levará o ser humano do definhamento à morte.
Reis serão depostos e o povo tomará o trono, trazendo caos e destruição. Um reinado de terror se inicia.
Os ímpios o serão ainda mais, novas doutrinas se erguerão com base em falsas promessas e uma imoralidade crescente.
Teu caminhar será cambaleante e teu olhar sofrido, mas este será o polimento de tua alma.
Nossas crianças terão o destino da humanidade nas mãos. Tudo dependerá da educação e formação moral que construíram.
Firma tuas raízes, pois a história se repete, a força verdadeira não está nos braços nem nas pernas, mas no coração e na pureza de pensamentos.
Que Deus nos proteja.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Reticências


Diversos são os caminhos de uma estrada repleta de curvas donde obstáculos brotam como plantas do chão.
Atrocidades são vistas perante olhos cansados que se deixam abater e não mais vislumbrar as belezas da vida.
Cada flor carrega um perfume e uma beleza exótica, assim é o ser humano, assim são as ações belas que atordoam o mal, testando a verdadeira essência humana.
Donde atos são muito mais que simples ações, e bons sentimentos são o escudo que nos guardará contra as investidas malévolas e mesquinhas.
Os espinhos sempre estarão presentes, mas voltemos nossa atenção como objetivo maior às flores, à beleza, inocência e o perfume que trará o alívio às dores lacerantes, preenchendo de um torpor repleto de amor a nossa alma.
Sejamos a inspiração às crianças e o apoio aos anciãos, aprendendo juntamente com a inocência e a sabedoria. Ambos são ensinamentos sublimes e necessários, pois nossa inocência foi perdida ante os inúmeros desafios e nossa sabedoria é pequena ante os desafios que estarão presentes no futuro.
Tenhamos a esperança da criança ao abrirmos nossos olhos a cada manhã, e satisfação de havermos vivido um dia repleto de novas experiências ao cerrá-los ao dormir.
Humildemente, conversemos com nosso criador, reflitamos em tudo que fora feito e principalmente naquilo em que ainda será decidido, pois certas ações jamais poderão ser desfeitas e suas consequências tanto podem ser benéficas e evolutivas, como extremamente maléfica e destruidora de tudo o que fora conquistado.
Lembremos que uma folha não cai sem que seja por desígnio e vontade do Pai Celestial.
Reflitamos na estória a seguir.
Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessa-lo e desfrutar um da companhia do outro.
Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. Estou procurando trabalho - disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.
- Sim! - disse o fazendeiro - Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo.
- Nós brigamos e não posso mais suporta-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.
Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro.
Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito. Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.
O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia: medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca!
Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei. No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado:
- Espere! fique conosco mais alguns dias.
 E o carpinteiro respondeu:
-Eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir.
E você, está precisando de um carpinteiro ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?
Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação. Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres.
Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, porventura, estejam distanciados de você. E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade. Agindo assim, você suprirá suas carências afetivas e encontrará a paz íntima que tanto deseja.
Sejamos como o carpinteiro da estória, um grande abraço e que Deus nos abençoe.